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Seis propostas para o fim do mundo

Edmílson Caminha

 

O título é óbvia homenagem ao grande autor italiano (nascido em Cuba) Italo Calvino (1923-1985), que escreveu as Seis propostas para o próximo milênio, publicadas postumamente em 1988. Imagine-se o que diria hoje, ante a sua bela Itália devastada pelo coronavírus... Calvino bem que poderia ter assistido não só a uma passagem de século, mas a uma virada de milênio – privilégio de poucos na humanidade, desde que se estabeleceu a convenção do nosso calendário. Junte-se, a esses dois momentos, o que agora se vive, com o mundo inteiro paralisado pela covid-19, como se um terremoto gigante sacudisse todo o planeta, um monstruoso tsunâmi não deixasse a seco um palmo de terra nos cinco continentes. Triste privilégio sofrê-lo, sim, mas de valor histórico, porque incomum no passado da espécie humana. Lembra-me um conterrâneo cearense que dizia: “Quando o mundo se acabar, vou para a serra de Maranguape...”, onde nasceu Chico Anysio. Com a pandemia, inútil ir a Maranguape. “Minas não há mais”, como disse Drummond no poema “José”.

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