Eduardo Fernandez Silva
Brasília, 20/04/2020
Aparentemente, as propostas de adiar as eleições municipais de 2020 em razão da pandemia do coronavírus morreram, pois os presidentes da Câmara e do Senado se manifestaram contrários à ideia. Mas, como em política por vezes acontece a ressurreição, não só de ideias mas também de personagens, devemos analisar o tema.
Não se sabe até quando continuará válida a recomendação de se evitar aglomerações para reduzir o contágio; pode, ou não, ainda estar vigente em outubro. Assim, adiar o pleito para evitar concentrações de pessoas é o motivo principal, claramente oportunista, dos defensores dessa ideia. Outra justificação seria utilizar os recursos do Fundo Eleitoral, cerca de dois bilhões de reais, para debelar a doença, ao invés de bancar campanhas eleitorais.